As últimas
notícias, em um importante jornal de Goiás, relatam as manifestações de
estudantes da PUC-GO, contra a filiação do reitor, que muito antes de ocupar o
cargo já era militante do PT. Como na maioria das questões que envolvem os
partidos do atual governo, o principal foco foi esquecido, que é a real necessidade
de um reitor continuar filiado a um partido político. Desviaram para o direito
do “cidadão comum” filiar-se ou não em um partido. A UFG também já teve seu
reitor filiado ao PT e candidato a deputado federal, que mesmo com uma
significativa votação não conseguiu se eleger.
Sim, é de
direito um reitor filiar-se a um partido político, mas, penso que é imoral,
inadmissível para um País que pretende valorizar a Educação como um direito a
emancipação e empoderamento de seus filhos. Acredito que o melhor séria que
quem esteja à frente de uma instituição de ensino seja apartidário, para
possibilitar ainda mais o desenvolvimento de cidadãos críticos e autoresponsáveis
por suas escolhas.
Conversando pelo
chat, com um amigo; ele me disse assim:
“Concordo com você, um reitor tem que estar acima
das linhas partidárias. Sou tão radical quanto a isso que defendo um ponto
ainda mais polêmico – Presidente da República, mais do que governadores (mas,
estes se enquadram também) deviam-se afastar-se por postura ética, de seus
partidos políticos automaticamente, ao assinarem seus termos de posse. Devia
ser item do juramento- Prometo agir de modo equânime ante os interesses de
todos os partidos políticos, de todas as unidades federativas e de todos os
municípios.”
Disse a ele que a ideia é muito boa e interessante. Sei
que hoje pode parecer utópica, mas, precisamos inclui-la como
possibilidade frente às mudanças que faremos na política para sairmos deste
caos. Hoje o que
vemos é o Brasil em retrocessos principalmente na economia, pois a presidente Dilma, tem a “ilusão”
de que foi eleita apenas para defender os companheiros e companheiras e
esqueceu-se de governar o País para os brasileiros.
Fico
pensando, como são os Centros Acadêmicos e os Diretórios nas instituições onde
o principal líder é filiado a um partido politico? (Até o termo: filiado, filho
do partido, que obedece a um pai, talvez precise ser substituído por outro
menos hierárquico, nestas reformas politicas que ansiamos).
Na UFG
sabemos como é; só a “inteligência brasileira” como a Carta Capital gosta de
denominar a militância petista, que têm vez.
Sabemos que só existe uma maneira de ensinar que é pelo exemplo. É este o exemplo que um reitor quer deixar para seus alunos e professores? Independente do partido político, um reitor levantar uma bandeira partidária, é uma ação pedagógica? Ou isto não importa, para um reitor, o ser exemplo?
Coordenadores,
diretores, reitores de instituições de ensino quando assumem publicamente suas
preferências partidárias, promovem a verdadeira Educação livre, fraterna,
igualitária?
Sabemos que a
Educação é a principal ferramenta para o verdadeiro crescimento do Brasil, e só
Ela cumpre este requisito.
Infelizmente,
o que mais vemos no Brasil é a “inteligência brasileira” querendo dominar tudo,
para continuar amordaçando “a massa”.
Como fica a
liberdade de expressão, tão importante para o crescimento dos jovens, nestas
instituições? Os professores nestas instituições ou empresas terão o direito de
manifestarem contra o partido do líder? Todos nós que trabalhamos em empresas públicas
ou privadas, sabemos bem como é isto. Somos “obrigados” a ficar na cartilha
deles, se não é rua ou perseguições, sem choro, nem vela.
É exatamente
por estes motivos que sou contra as OSs na Educação aqui em Goiás. #ContraOSsnaEducação
Para exemplificar, o que quero dizer, neste
mês, a AGRODEFESA/GO (o Governador de Goiás é do PSDB, percebemos que longe de
ser uma questão partidária, o que vemos é a estrutura política brasileira corrompida)
liberou a utilização e comercialização do pesticida benzoato de emamactina, altamente
tóxico, contamina o lençol freático, um absurdo, este veneno esta dizimando
nossas abelhas e ajudando a proliferar várias doenças e epidemias; mesmo assim,
você viu alguém do governo denunciando? Não se vê funcionários, mesmo os
concursados, denunciando o fato. Por quê? Você sabe a resposta e eu também. (91%
da população brasileira afirmaram que não gostam e não acompanham a política,
ficando, assim, a cargo dos funcionários públicos denunciarem os abusos de poder, ilegalidades
e corrupções). Mas, como denunciar se sentem amordaçados pelo sistema?
Reitores e
lideres de instituições de ensino, filiar-se a partidos políticos, pode ser
mais perverso que a Rede Globo e a Record juntas, em técnicas de manipulações.
A Educação
não pode mais ser violentada, manipulada, continuar amordaçada, servindo a um
projeto político de dominação, é esta a questão central que precisamos colocar
em pauta, para sairmos desta crise, sabemos disto.
A questão
não é se o reitor tem ou não tem este direito e sim, é uma atitude louvável? O
foco é melhorar a Educação, por isto, manter-se filiado a um partido? A ação
fornece mais liberdade e autonomia aos professores e alunos destas instituições?
Até hoje,
não conseguimos, emancipar nossa Educação, espero, sinceramente que esta grave
crise, nos possibilite amadurecermos e mesmo com os pais/lideres/autoridades autocráticas do
passado, conseguirmos avançar com mais autoconhecimento e responsabilidades.
Rita de Cássia Ramos Carneiro - sócia fundadora - institutobemtevi@gmail.com
Rita de Cássia Ramos Carneiro - sócia fundadora - institutobemtevi@gmail.com